Abstract The article aims to show how young adults (starting with empirical research in Italy, but with the aspiration to highlight more diffuse phenomena among youth growing in the constant experience of the ‘crisis’) face the widespread injunction to be active, creative, flexible, and independent, that is, to be entrepreneurs of themselves. Young people born at the end of the last century have grown up in the midst of continuous crises – economic, health, and geopolitical – which have accentuated the tension between the social drive for personal autonomy and a growing awareness of the inability to individually solve problems that are systemic. Although the pressure to develop an entrepreneurial self and to internalize the drive for individualization may overlap with the development of a form of individualism, they can also promote new forms of sociation, based on sharing and cooperation. These forms are strongly supported by dialogical reflexivity, that is, by social conditions that promote processes of innovation and change stemming from common actions and constant confrontation with different points of view. Introducing the concept of dialogic reflexivity, the article analyses the practices that young adults put in place to support forms of individualization released from mere individualism and how social research and public policies can foster reflexive processes and create favourable conditions for youth participation and inclusion.
Resumo O artigo pretende mostrar como os jovens adultos (começando com pesquisas empíricas na Itália, mas com a aspiração de destacar fenômenos mais difusos entre os jovens que crescem na experiência constante da ‘crise’) enfrentam a injunção generalizada de serem ativos, criativos, flexíveis e independentes, ou seja, serem empreendedores de si mesmos. Os jovens nascidos no final do século passado cresceram em meio a crises contínuas – econômicas, de saúde e geopolíticas – que acentuaram a tensão entre o impulso social pela autonomia pessoal e uma consciência crescente da incapacidade de resolver individualmente os problemas que são sistêmicos. Embora a pressão para desenvolver um eu empreendedor e internalizar o impulso para a individualização possa se sobrepor ao desenvolvimento de uma forma de individualismo, eles também podem promover novas formas de sociabilidade, baseadas no compartilhamento e na cooperação. Essas formas são fortemente sustentadas pela reflexividade dialógica, ou seja, por condições sociais que promovem processos de inovação e mudança a partir de ações comuns e confronto constante com diferentes pontos de vista. Apresentando o conceito de reflexividade dialógica, o artigo analisa as práticas que os jovens desenvolvem para apoiar formas de individualização libertas do mero individualismo e como a pesquisa social e as políticas públicas podem fomentar processos reflexivos e criar condições favoráveis à participação e inclusão juvenil.